Indolência

By Pó D'escrer (2004)
On album Pó D`Escrer (2004)

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Pó D`Escrer
Não tenho forças p'ra lutar
Nem ideias p'ra expressar
Não tenho cores p'ra te pintar
A indolência que há em mim

Hás-de crescer e hás-de ser
Aquilo que eu desenhei
Assim me disse quem me colheu
Depois de me alimentar

Hás-de ser o que eu quiser
Vais fazer o que eu disser
Não importa se a vontade não vier

Não tenho histórias p'ra contar
Nem rebentos p'ra semear
Não trago sonhos p'ra sonhar
O sonho não cabe em mim

Hás-de crescer e hás-de ser
Aquilo que eu não serei
Assim me disse quem me escondeu
Da luz do Sol e do mar

Hás-de ser o que eu quiser
Vais fazer o que eu disser
Não importa se a vontade não vier

Abram alas, abram portas, vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ra acatar
Abram alas, abram portas, vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ra agradar
Abram alas, abram portas, vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ráqui estar
Abram alas, abram portas vou estoirar
Abram alas não fui feito p'ra acatar

Hás-de ser o que eu quiser
Vais fazer o que eu disser
Não importa se a vontade não vier

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